Gerenciar um condomínio é uma tarefa desafiadora, e o papel do síndico é fundamental para o bom funcionamento do ambiente e a satisfação dos moradores.
No entanto, como ter certeza se o síndico está realmente fazendo um bom trabalho? Em entrevista para a CondoLivre, fintech especializada em gestão condominial, Márcio Rarchkorski, advogado especialista em condomínios e comentarista da TV Globo, fala como o cenário de gestão condominial mudou muito nos últimos anos, especialmente com o avanço da tecnologia e a maior transparência nas finanças e operações.
“A transparência financeira, por exemplo, já é uma realidade consolidada em muitos condomínios graças ao uso de portais e aplicativos, que permitem aos moradores acompanhar os gastos em tempo real”, afirma Rarchkorski. “Além disso, é essencial que o síndico disponibilize contratos, orçamentos e balancetes resumidos, garantindo que todos os condôminos tenham clareza sobre o que está sendo feito com os recursos do condomínio. Hoje, com o apoio de auditorias e pareceres mensais do conselho fiscal, esse processo se tornou algo tranquilo e bem resolvido.”
Este ponto, vai de encontro com as soluções oferecidas por fintechs, como a CondoLivre, que disponibiliza um portal para facilitar as conciliações de RHs de administradoras de condomínio, reduzindo o tempo, melhorando a transparência e acima de tudo, rentabilizando ainda mais as administradoras.
Rarchkorski destaca que manter o controle orçamentário é uma tarefa que exige cautela e bom senso. “O síndico não precisa ser um super-herói, mas deve seguir práticas básicas, como consultar o conselho antes de qualquer gasto extraordinário, renegociar contratos anualmente e evitar usar o fundo de reserva sem justificativa. A ideia de que um ‘bom síndico’ é aquele que nunca aumenta os custos do condomínio é equivocada. O bom síndico é aquele que cuida do patrimônio e toma decisões conscientes, mesmo que isso envolva reajustes ou rateios extras.” Atualmente, existem soluções como Empréstimo de Condomínio, onde o síndico pode aproveitar de taxas de juros baixíssimas e investir em melhorias, antes impensáveis para o condomínio, como geração de energia com painéis solares, revitalização de fachada e até mesmo instalação de portaria virtual.
Henrique Rusca, CEO da Condolivre, acrescenta que “a gestão financeira de um condomínio deve ser baseada em planejamento e transparência, e os síndicos precisam ser capacitados para lidar com essas demandas de forma profissional. Evitar aumentos pode parecer uma estratégia popular a curto prazo, mas muitas vezes compromete a manutenção e segurança do prédio a longo prazo. É imprescindível que os moradores entendam essa dinâmica.”
A segurança e o bom estado das instalações também estão entre as principais responsabilidades de um síndico. “Hoje, a NBR (Norma Brasileira Regulamentadora) da ABNT exige que os condomínios mantenham uma rotina de manutenção preventiva, o que já se tornou uma obrigação legal. Sistemas de gestão de manutenções auxiliam os síndicos a acompanhar a periodicidade e execução das manutenções em tempo real, e muitos condomínios grandes já contam até com engenheiros para supervisionar esse processo”, explica o advogado especialista.
Segundo Márcio, a conscientização dos moradores sobre a importância de prevenir problemas em vez de apenas corrigi-los também cresceu. “Pós-pandemia, percebemos uma mudança de mentalidade. As pessoas estão mais cientes da necessidade de manter seus prédios seguros e bem conservados. É preciso estar atento às normas dos bombeiros, participar de brigadas de incêndio e ter planos de contingência para lidar com situações emergenciais, como vazamentos ou problemas com elevadores.”
Henrique complementa que “a manutenção preventiva é um dos pilares da boa gestão condominial. Ignorar essa parte pode gerar custos ainda maiores no futuro. Existem contas que não podem esperar. Porque se esperar, pioram. E hoje, com o apoio das ferramentas tecnológicas disponíveis, o trabalho do síndico se torna muito mais eficiente, e isso reflete diretamente na segurança e conforto dos moradores.”
Outra questão crucial é a comunicação entre a gestão e os moradores. Rarchkorski explica que, atualmente, a velocidade de resposta é uma das principais expectativas dos condôminos. “A demanda por agilidade é crescente. Com o uso de aplicativos, e-mails e grupos de WhatsApp, os síndicos conseguem atender às solicitações de forma rápida e prática. Claro que algumas demandas são específicas e fogem da alçada do síndico, mas é importante que ele seja claro e ágil ao responder.”
Para o CEO, a comunicação é uma das áreas em que a tecnologia mais fez a diferença. “Hoje, a comunicação rápida e direta é essencial. Aplicativos, grupos de mensagem e até telas de elevadores são ferramentas poderosas que permitem ao síndico estar sempre em contato com os moradores. A Condolivre mesmo, possui atendimento 100% online, digital e personalizado! Isso facilita a interação, garantindo que as demandas dos moradores, funcionários e fornecedores sejam atendidas com rapidez e eficiência.”
Em suma, a boa gestão condominial envolve uma série de práticas que vão desde a transparência financeira até a manutenção preventiva e a comunicação eficiente. “Hoje, com as ferramentas certas e uma postura profissional, os síndicos podem garantir que seus condomínios sejam administrados com transparência, segurança e agilidade”, conclui Rusca.